FREEZE! : Sun Kil Moon - Common As Light and Love Are Red Valleys of Blood (Caldo Verde Records, 2017)

Um mês após ter completado 50 anos Mark Kozelek, a mente por detrás dos Sun Kil Moon, presenteia-nos com Common As Light and Love Are Red Valleys of Blood.

Escrito entre Janeiro e Agosto do ano passado, este último trabalho convida-nos, entre mortes de celebridades (David Bowie à cabeça) à eleição de Donald Trump, a reviver o 2016 pela sua prespectiva.

No intervalo entre colaborações com Jesu (Jesu/Sun Kil Moon (2016) e 30 Seconds to the Decline of Planet Earth (2017)), Mark Kozelek troca as guitarras suaves e as alegres melodias tristes por batidas repetitivas que piscam o olho ao hip hop.

O oitavo trabalho de Sun Kil Moon, álbum duplo, com duraçao de um pouco mais de duas horas é o destaque freeze desta semana. Para ouvir das 14h às 15h no 107.9fm ou através da emissão online em ruc.fm

Garden of Delights

Imploding stars: Awakening (A Mountain & a Tree, 2014)

My Brother the Wind: Garden of Delights (Once There Was a Time When Time and Space Were One, 2014)

Saxon Shore: Tokyo 4.12am (It Doesn’t Matter, 2009)

Caspian: Some are White Light (The Four Trees, 2007)

Destaque FREEZE!: Grails (Chalice Hymnal, 2017)

Deep snow 2

After the funeral

Great Plains: Colder/Brighter (Great Plains, 2014)

over and over again

Dungen - Trollkarlen och Fageldrakten (Haxan, 2016)
Black Mountain - (Over and Over) The Chain (IV, 2016)
Goat - Goatband (Requiem, 2016)
Black Bombaim & Rodrigo Amado - Marraquexe (VA 10 Anos Bodyspace, 2012)

[FREEZE!:// Grails - Chalice Hymnal (2017)]
After The Funeral
New Prague

Capra Informis - Enter Thaumiel (Womb of the Wild, 2015)
Jex Thoth - The Places You Walk (Blood Moon Rise, 2015)
Uncle Acid and the Deadbeats - 13 Candles (Blood Lust, 2011)

Post-Funeral

1. This Will Destroy You  – "Happiness. We're All in It Together" ("Young Mountain", 2006)
2. Explosions in the Sky – "Colors In Space" ("The Wilderness", 2016)
3. Mogwai - "Ex-Cowboy" ("Come On Die Young", 1999)

FREEZE! 
Grails ("Chalice Hymnal", 2017)
4. "After the Funeral"

5. Disco Inferno - "A Rock To Cling To" ("A Rock To Cling To EP", 1993)
6. Tortoise - "Jetty" ("TNT", 1998)
7. Slint - "Good Morning, Captain" ("Spiderland", 1991)

FREEZE! : Grails - Chalice Hymnal (Temporary Residence, 2017)

O ano era 2011 e o mundo dos mass media encontrava-se dividido em dar cobertura a eventos tão díspares como o lançamento da segunda geração do iPad pela Apple ou os conflitos religiosos a decorrer no Egipto. Nesse mês de Março (cujo final foi assinalado em Portugal pelo evento mediático da demissão do então Primeiro-Ministro), os norte-americanos Grails lançaram "Deep Politics", o trabalho de estúdio que os lançou para a ribalta, demarcando-os como uma das bandas mais marcantes do género post-rock que então demonstrava algumas marcas de perecimento.

Após esse longa-duração, o quinto da banda de Portland, os seus membros separaram-se em variados projectos alternativos onde exerciam vertentes musicais distintas, entre os quais o mais proeminente foi Lilacs & Champagne, em que os membros fundadores Alex Hall e Emil Amos procuraram explorar as fronteiras entre o rock psicadélico e o hip-hop instrumental. Volvida meia dúzia de anos, a dupla volta a reunir-se com o seu parceiro de crime original Zak Riles (que, entretanto, também se manteve ocupado com os Watter) para oferecer "Chalice Hymnal", um LP com a assinatura dos Grails e o objectivo primordial de transcender (mais um vez) as barreiras do post-rock "tradicional". 

E de facto, se "Deep Politics" já se havia revelado como um disco bastante ecléctico (sobretudo pela sua variação entre os tons pesados do grunge e as reflexões meditativas do ambient), com este "Chalice Hymnal" a identidade melódica dos Grails ganha novas dimensões, ao ostentar uma moldura mais cinematográfica, bem como uma atitude mais saudosista perante os sintetizadores progressivos tão próprios da década de 80. Há também uma vertente mais acentuada para o jazz moderno e, embora os Grails nunca fossem uma banda estranha a tais vertentes, de notar que as tendências aqui são fortemente inspirada por trabalhos recentes tão distintos como "You're Dead" de Flying Lotus ou "Lazarus" de David Bowie.

Mais uma vez com edição da Temporary Residence, trata-se assim de mais um punhado de composições resultantes da combinação estilizada das diferentes investidas sonoras que os músicos membros dos Grails foram enveredando. Um novo capítulo na história evolutiva do post-rock a degustar de segunda a sexta no Fahrenheit 107.9.  

Pedro Nora

I Wanna Rock

AC/DC - Let There Be Rock (Let There Be Rock,1977)
Twisted Sister - I Wanna Rock (Stay Hungry, 1984)
Kiss - Detroit Rock City (Destroyer, 1976)
ZZ Top - La Grange (Tres Hombres, 1973)
The Doors - L.A. Woman (the Doors, 1971)
Creedence Clearwater Revival - Fortunate Son (Willy and the Poor Boys, 1969)

[FREEZE!:// Kairon; IRSE! - Ruination (2017)]
Sinister Waters II
Porphyrogennetos

Van Halen - Everybody Wants Some!! (Women and Children First, 1980)
Judas Priest - Living After Midnight (British Steel, 1980)

mount swan

Follakzoid - Piure (III, 2015)
dreamweapon - Spirit Rain (dreamweapon, 2015)

[FREEZE!:// Kairon / IRSE! - Ruination (2017)]
Sinister Waters II

Harsh Toke - Mount Swan (Acid Crusher / Mount Swan, 2016)
Earthless - Cherry Red (Rhythms From A Cosmic Sky, 2007)

Destaque [FREEZE!] Kairon; IRSE! - Ruination

Kairon; IRSE! - Ruination

O destaque [FREEZE!] desta semana [13-18 de Fevereiro] é Ruination, terceiro álbum de longa duração de Kairon; IRSE!, grupo que ganhou grande relevo com Ujubasajuba, trabalho de 2014, divulgado na primeira página do RateYourMusic.

Ruination, novo trabalho de nórdicos Kairon; IRSE! vê a banda finlandesa a despedir-se das roupagens mais adormecidas do post-rock e shoegaze enquanto segue por caminhos mais progressivos. Enquanto que Ujubasajuba, álbum que trouxa a banda para a ribalta - muito em consequência do merecido destaque dado pela RateYourMusic - era um álbum que declaradamente assumia uma abordagem que misturava violentamente o rock psicadélico e espacial dos finais dos anos 60 e anos 70 com o shoegaze de grupos mais modernos, Ruination aproveita-se dessa dualidade de épocas para dar origem a novo sons. Apesar de ainda estar presente do que pode ser considerada uma sonoridade vinda de outro planeta, o rock progressivo assume um papel dominante sobre passagens mais hipnóticas sem descurar destas últimas, o que ultimamente cria uma ressurreição interessante do antes no agora - por entre o krautrock e space rock de Gong e Hawkwind entranha-se o rock progressivo de Atomic Rooster e Genesis, e o psicadelismo sóbrio dos Pink Floyd, tudo adaptado para os dias de hoje.

no rules, great scotch

King Gizzard & The Lizard Wizard - Sleep Drifter (Flying Microtonal Banana, 2017)
The Black Angels - Currency (Death Songs, 2017)
The Vacant Lots - Mad Mary Jones (Departure, 2014)
Sex Swing - Karnak (Sex Swing, 2016)
The Horrors - Count In Fives (Strange House, 2007)
Thee Oh Sees - Withered Hand (Mutilator Defeated At Last, 2015)

[FREEZE!:// Moon Duo - Occult Architecture Vol.1 (2017)]
The Death Set
Cult of Moloch

Ty Segall - Thank You Mr.K (Ty Segall, 2017)
Bob Log III - Boob Scotch (Log Bomb, 2003)
The Cramps - Bikini Girls With Machine Guns (Stay Sick!, 1989)
Personal And The Pizzas - Joey Quit The Pouch (Personal And The Pizzas, 2016)
Night Beats - The New World (Sonic Bloom. 2013)

Books & Movies

1. Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs Pigs – "Sweet Relief" ("Feed the Rats", 2017)
2. Bantha Rider – "Jawa Juice" ("Bantha Rider", 2017)
3. The MonaLisa Overdrive - "Coma" ("Coma", 2017)
4. Buried Feather - "The Stranger" ("Mind of the Swarm", 2017)


FREEZE!
Moon Duo ("Occult Architecture Vol. 1", 2017)
5. "White Rose"

6. Woozy Riff - "Soul Soljah" ("Soul Soldier EP", 2017)
7. Cross Highest Trip - "Vision" ("Vision Without Execution Is Hallucination", 2017)
8. Luna Moth - "Higher than the Sun" ("The Serpent Stone", 2017)
9. Ron Gallo - "Don't Mind the Lion" ("Heavy Meta", 2017)

Destaque [FREEZE!] Moon Duo - Occult Architecture Vol. 1

Moon Duo - Occult Architecture Vol. 1

No destaque [FREEZE!] desta semana [6-10FEV], damos destaque ao mais recente trabalho dos Moon Duo, Occult Architecture Vol.1.
Este é o mais recente trabalho deste duo de Portland, US, editado no final da semana passada, sobre alçada da conceituada editora Sacred Bones. No Sábado, um dia após o lançamento, poderíamos ver um "Sold Out" do seu formato em vinyl. Porquê? Existem boas razões:


Fuzzy Guitars VS. Drum Machine VS. Dark and Psych Synths - Este disco consegue juntar o melhor de dois mundos. O rock, com quentes e ruidosas guitarras. E a electrónica, com caixa de ritmos [Verdade, caixa de ritmos!] que à partida pode ser um "turn off" para os amantes do rock, mas que combina muito bem neste disco. E por fim, ainda aliado à electrónica, escuros e psicadélicos sintetizadores.

Fusion VS. Punk Rock - Por vezes, e como falámos em cima, a electrónica pode afastar alguns amantes de puro rock'n'roll, e não posso discordar... Mas [claro que viria um Mas] a electrónica quando bem doseada, objectiva e insubstituível, pode criar um trabalho fantástico. Por exemplo, à expepção de "Cold Fear", "Cross-Town Fade", a electrónica é dificilmente notada, mas ela está lá. Pequenos efeitos, alguns acompanhamentos melodiosos à guitarra, e alguns arpeggios que dão mais sentido a estas longas composições.

Longas Composições - Um disco que foi claramente desenhado para se ouvir com tempo e uma afronta às rádios de playlist mais comedidas. Só a faixa "Creepin'", tem menos de cinco minutos, o que nos dá a percepção de que os Moon Duo, não têm pressa, estão para ficar.


Vol. 1 - Esta, é a melhor de todas a razões. Um "Vol. 1", à partida, indica-nos que este trabalho não fica por aqui, e que brevemente o "Vol.2" esteja num horizonte muito próximo. E não estamos a supor, vai mesmo acontecer ainda neste ano de 2017, por isso, e por aqui, iremos estar atentos.
Os Moon Duo, começaram no dia 3, a tour de apresentação deste trabalho que irá passar pelos Estados Unidos e alguns países Europeus, do qual Portugal não está ainda inserido. Esperemos vê-los ainda este ano por terras lusas, mas, até lá, deliciemo-nos com este "Occult Achitecture Vol. 1"

The Infinity Stones

01. INGRANAGGI DELLA VALLE – Lada Niva (WARM SPACED BLUE, 2016)
02. ØRESUND SPACE COLLECTIVE – Floyd's Dream (WEST, SPACE & LOVE VOL II, 2016)
03. NEMRUD - Gods of the Mountain (NEMRUD, 2016)

FREEZE! 
Ty Segall ("Ty Segall", 2017)
06. Orange Color Queen
07. Papers

08. RUSSIAN CIRCLES - Lisboa (GUIDANCE, 2016)
09. HIBERNAL - The Dark of the City (THE DARK OF THE CITY, 2017)
10. TORTOISE - Tesseract (THE CATASTROPHIST, 2016)
11. YNDI HALDA - Together Those Leaves (UNDER SUMMER, 2016)

February First

1. Has A Shadow – "Attack Of The Junkie" ("Sorrow Tomorrow", 2017)
2. The Brian Jonestown Massacre – "Open Minds Now Close" ("Don't Get Lost", 2017)
3. The Cherry Wave - "Pure Burst" ("Shimaru", 2017)
4. Heat - "Sometimes" ("Overnight", 2017)
5. No Sun - "Ichigo Ichie" ("If Only", 2017)

FREEZE! 
Ty Segall ("Ty Segall", 2017)
6. "Freedom"
7. "Thank You Mr. K"
8. "Take Care (To Comb Your Hair)"

6. PRIESTS - "Appropriate" ("Nothing Feels Natural", 2017)
8. Caudal - "Land" ("Slope/Land", 2017)
9. Lazy Legs - "Flicker" ("Chain of Pink EP", 2017)