A cada trabalho de estúdio, os norte-americanos Elder têm-se afirmado como uma força a ser reconhecida no género do stoner-rock. Inicialmente classificado como um projecto de homenagem a nomes como Sleep ou Earthless, o trio de Boston demarcou-se musicalmente com "Lore", o seu disco de 2015 que introduziu variados elementos de post-rock ou mesmo de rock progressivo na sua sonoridade e que muitos críticos apelidaram como o sucessor espiritual de "Crack the Skye"dos Mastodon. Apesar dos louvores prestados à sua sonoridade, a banda não se coibiu de arriscar no seu quarto longa-duração, aventurando-se ainda mais nas vertentes do prog-rock tradicional.
Os resultados dessa odisseia revelam-se (ou reflectem-se) em "Reflections of a Floating World", um disco menos lúgubre e mais ousado em que a principal diferença assenta na produção vocal, com um Nicholas DiSalvo a fazer lembrar os brados energéticos de At The Drive-In ou Torche. Mas a nível instrumental também há novidades, desde os riffs de guitarra orelhudos até às passagens instrumentais que separam os temas, a fazer lembrar sobretudos os arranjos de Rick Wright dos Pink Floyd. Outra influência sonante do prog-rock clássico aqui presente é a dos Yes, sobretudo no que toca ao nível visual, como se comprova pela capa do disco acima figurada.
Os Elder foram um dos primeiros nomes confirmados para a edição deste ano do festival Sonic Blast Moledo, estando assim agendada a estreia ao vivo no nosso país para Agosto. Mas é já esta semana que poderão ouvir o trabalho de estúdio no qual assentará o vindouro concerto na sintonia dos 107.9 FM ou em ruc.fm, de segunda a sexta às 14h.
Pedro Nora
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