sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Jimmy Lindsey, Jr. (1 de Maio de 1980, 13 de Janeiro de 2010)

ainda nos custa esconder o estado de choque em que a notícia da morte de jay reatard nos deixou. quando, há dois anos, tropeçámos na obra prima que é blood visions, foi impossível não ficarmos excitados com o que o futuro podia reservar a este jovem de memphis, tennessee, cidade onde nasceu, viveu, e na passada quarta-feira morreu.

estamos, como não podia deixar de ser devastados pelo seu desaparecimento prematuro. é como se um amigo próximo tivesse morrido, e não conseguimos esconder a tristeza por tudo aquilo que jay reatard não teve oportunidade de nos deixar. ainda assim, depois da edição de blood visions, o legado musical daquele que aclamamos unanimemente como o último verdadeiro punk-rocker continuou a crescer, sobretudo depois do contrato assinado com a matador records, que trouxe um sem-fim de singles e um álbum de longa duração em dois anos de actividade nesta editora, bem como colaborações ocasionais com outros artistas. bradford cox, próximo de jay reatard, deixou no blog dos deerhunter o testemunho que transcrevemos de seguida. fazemos nossas as palavras dele, e relembramos a velha máxima: punks never die. um dia destes apanhamos-te por aí, jay.

"Jay was what few people have the capacity to be. He created an undeniably classic album that contained so much pain transfered to tape in such an explosive way that it made you feel different after hearing it. He was transgressive and honest. His flaws were something he focused on and overdubbed and distorted until they made you forget who he really was - a person with feelings and a good heart. He loved music and worked hard from a young age to pursue it. He was a self-made and unmade man. I am truly sickened to see him go."


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