É já esta semana que os The Glockenwise voltam à carga, pelo menos no que às edições discográficas diz respeito. Mantendo a periocidade de lançamentos a cada par de anos, depois da estreia em 2009 com o EP homónimo e do primeiro longa-duração (“Building Waves”, de 2011), é agora a vez de “Leeches” sair dos escaparates e chegar às prateleiras, sejam elas físicas ou digitais, já amanhã. O segundo trabalho dos barcelenses mantém tudo aquilo que se pode esperar deles: rock'n'roll sem rodeios, inovações ou invenções, cheio (isso sim) de entrega, suor e energia. Seguindo a velha máxima de não mexer em equipa que vence, e tal como no anterior “Building Waves”, a fórmula garage rock surge novamente inalterada, como se pode comprovar, a título de exemplo, pela escuta do primeiro single, “Time To Go”.
Ao longo de umas escassas oito faixas, que se desdobram em menos de vinte minutos, “Leeches” mostra-nos o produto final de temas que já andam a ser tocados ao vivo há alguns meses (à primeira audição, reconhecemos logo “Super Villain” ou mesmo a homónima e orelhuda “Leeches”, músicas que que se puderam ouvir, por exemplo, no concerto de abertura para os canadianos Metz, em Fevereiro passado). É ainda de salientar a presença do saxofone de Pedro Sousa (Canzana, Pão), audível em “Bad Weather”.
De resto, este é um disco com uma forte ligação ao Porto, cidade onde foram feitas as gravações, a cargo de João Vieira (X-Wife) e de onde também é originária a editora que carimba o lançamento, a Lovers & Lollypops.
O futuro próximo reserva ao quarteto de Barcelos uma mão cheia de datas, incluindo uma assinalável presença na edição portuense do respeitável Primavera Sound, a somar aos recentes concertos de apresentação em Guimarães, Lisboa e Braga.
“Leeches” é o mote para o destaque “Freeze!” desta semana, para escutar de Segunda a Sexta-feira, entre meados das 14:00 e das 15:00, como parte integrante do Fahrenheit 107.9.
João Fernandes
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