30 anos
depois, “Tres Cabrones” marca o regresso de Mike Dillard ao seio
dos Melvins. É caso para citar o site da própria banda, onde
o retorno de Dillard ao kit de bateria mostra o trio com o
alinhamento “mais próximo possível dos Melvins em 1983”. Na
altura (1984), Dillard foi substituído por Dale Crover, que continua
a integrar os Melvins, mas desta feita passa para o baixo, a somar ao
omnipresente Buzz Osborne, que nas suas próprias palavras, escreveu
todos os temas propositadamente com esta formação em mente. Assim,
“Tres Cabrones” é o primeiro disco oficial dos Melvins em que
figura Dillard, baterista original do grupo, visto que anteriormente
este apenas poderia ser ouvido em demos, compilações ou bootlegs.
A rigor,
este é também já o segundo álbum que os norte-americanos editam
em 2013, depois do álbum de versões revelado em Abril último,
“Everybody Loves Sausages”. No cômputo geral, este é já o 19º
disco de originais da prolífica formação liderada por Buzz
Osborne, e que mantém intactas tanto a importância como a
influência que os Melvins detêm no panorama do rock actual.
Um
trabalho onde o humor negro e o deboche andam, mais uma vez, de mãos
dadas, como se pode comprovar desde logo pelo nome com que a banda se
apresenta (“Los Melvins”), quer pelo nome do disco em si ou ainda em
temas como a inaugural “Doctor Mule”, “Tie My Pecker To A
Tree”, “Dogs And Cattle Prods” ou até “99 Bottles Of Beer”.
Um disco
saído na passada Terça-feira, 5 de Novembro, como sempre com selo
da editora detida pela dupla Greg Werckman e Mike Patton, a Ipecac
Recordings, e que pode ser ouvido de Segunda a Sexta no éter da
Rádio Universidade de Coimbra, como parte do destaque “Freeze!”
do Fahrenheit 107.9, como sempre entre as 14:00 e as 15:00.
João
Fernandes