O destaque FREEZE! desta semana recai para From
Tomorrow, terceiro e mais recente disco de originais para os londrinos The
Oscillation. Um álbum lançado a 30 de Setembro de 2013 pela Hands In
The Dark, em parceria com a All Time
Low.
Em 2008, The Oscillation, começou por ser o
projecto a solo do compositor e simultaneamente produtor musical britânico Demien Castellanos, que pouco tempo
depois, ganha a companhia da baterista Valentina
Magaletti e do baixista Tom Relleen. Actualmente, The Oscillation é considerada uma
das bandas mais interessantes do cenário psych
britânico, que tem conquistado ouvintes e também o respeito de bandas como Wooden Shjips, A Place To Bury Strangers
e Dead Skeletons.
Para este trio londrino, From Tomorrow, é descrito como sendo
uma “tentativa de encontrar novas regiões mentais e espirituais, longe dos
efeitos psicológicos da moderna paisagem urbana e do singular vazio do mundo
social digital no qual somos obrigados a habitar”.
O sucessor do alucinante Veils de 2011, contém referências a alteridade musical dos Can; My Bloody Valentine; Spacemen 3 e de Syd Barrett na era Pink Floyd. Também há alusão a atitude do punk absurdo, presente em The Raven e Men In Black dos The Stranglers; a demência garage de Helios Creed com o estranho grunhido de Sabbath Bloody Sabbath e ainda a recordação da kosmische musik dos Neu! e Tangerine Dream.
A banda britânica que no início deste ano actuou pela primeira vez em Portugal, no Cartaxo Sessions, oferece um sofisticado, rico e maduro sucessor, onde emoções ambíguas de esperança, desespero, agressividade, felicidade narcoléptica e indolência, assumem uma linguagem musical peculiar, harmonizadas pela combinação de sons psicadélicos e espaciais com resquícios de krautrock e kosmische musik. Esta estranha dicotomia reflete-se na arte da capa criada pelo cineasta Julian Hand, também responsável pelo espectáculo visual, promovido nos concertos dos The Oscillation.
A banda britânica que no início deste ano actuou pela primeira vez em Portugal, no Cartaxo Sessions, oferece um sofisticado, rico e maduro sucessor, onde emoções ambíguas de esperança, desespero, agressividade, felicidade narcoléptica e indolência, assumem uma linguagem musical peculiar, harmonizadas pela combinação de sons psicadélicos e espaciais com resquícios de krautrock e kosmische musik. Esta estranha dicotomia reflete-se na arte da capa criada pelo cineasta Julian Hand, também responsável pelo espectáculo visual, promovido nos concertos dos The Oscillation.
From Tomorrow, representa uma viagem aos recantos mais obscuros
da psique humana; um enlace entre
ruído e delicadeza, onde cada zunido; grunhido e/ou sinal sonoro parecem estar posicionados
com precisão para criar um grande impacto. É também um claro exemplo, de que da
ordem pode surgir o caos e a loucura. As canções sombrias e inquietantes de
vocais que mal se compreendem, incorporam uma sonegação deliberada da realidade.
Os drones difusos e as oscilações de
eco caóticas estão lá, sinalizando o cunho muito próprio dos The
Oscillation, deveras único no género.
O terceiro lançamento dos The Oscillation, é a sugestão desta
semana, para explorar até a próxima 6af, no Fahrenheit 107.9, no ar a partir das
14h na Rádio Universidade de Coimbra.
Sonya Pereira
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