Este mês de Maio viu Tamas Katai lançar Geometria, o novo álbum do seu projecto Thy Catafalque. Aguardado sucessor de Meta (2016), o seu disco mais pesado até à data, em Geometria as longas composições de álbuns anteriores são abandonadas em favor de propostas mais curtas - ainda que as faixas que abrem e fecham o álbum ultrapassem ambas a marca dos 8 minutos. Parece também contrastar com Meta ao optar por sonoridades geralmente mais calmas, com forte ênfase em passagens folk de inspiração da Europa de Leste, levadas ao colo por violino e trompete, complementadas pela já habitual cama eletrónica. Isto não invalida, obviamente, alguns temas mais "a abrir", como a peça central "Sáramber", mas é notório que este é um disco mais reflexivo que explosivo.
Há coisas que não mudam dos álbuns anteriores para este Geometria. As guitarradas continuam pesadas mas simples, vindo a complexidade da composição estrutural das faixas, com recurso a percussão eletrónica pré-programada, bem como a mistura de vozes masculina e feminina para declamar as letras, sempre em húngaro. De certa forma, Geometria é um dos seus álbuns mais acessíveis entre a discografia dos Thy Catafalque.
Geometria cumpre ao ser claramente um álbum de Thy Catafalque sem contudo se confundir com nenhum dos trabalhos predecessores, confirmando a sua posição como um dos projectos mais interessantes do metal contemporâneo.
Sem comentários:
Enviar um comentário