Mas voltemos um pouco atrás. Quando desci as escadas que levam à sala palco do Plano B, cerca das 22h40, os Surya Exp Duo já tinham tocado e os portuenses Unzen Pilot preparavam-se já para aquecer a sala. Não podia ter ficado com melhor primeira impressão desta banda, foi realmente uma boa aposta por parte da Lovers & Lollypops para a noite dos Eternal Tapestry. Os Unzen Pilot foram conquistando uma sala que a essa hora já estava muito bem composta e criaram o ambiente ideal para receber a banda de Portland.
Ao contrário do mais esperado, os Eternal Tapestry não apresentaram o álbum lançado este ano pela Thrill Jockey Records mas apenas um tema desse Beyond the 4th Door, a faixa número dois, de nome Cosmic Manhunt. Apenas quatro músicas e aquilo que pareceu um concerto a “roçar” o muito curto acabou por ser suficiente para que todo o público se envolvesse no psicadelismo de belos, longos e arrastados temas. Cinco músicos perfeitamente coordenados, dos quais um saxofone que há primeira parece não fazer muita diferença, mas que na verdade concede uma complexidade e unicidade magnífica à música da banda do estado do Oregon. O maior desejo naquele momento era ter os Eternal Tapestry a tocar, por exemplo, num pequeno jardim num fim de tarde de domingo, enquanto nos deixaríamos estar… sentados na relva a fumar e a beber chá. Este é se calhar um ideal de vida perfeita, mas deixo essa reflexão com os ouvintes do Fahrenheit 107.9.
ISFS
Cosmic Manhunt
Doing Your Own Being
Vibrations New Dawn
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