Os METZ parecem ter escolhido o ano de publicação de seu álbum de estreia com extrema precisão. Com efeito, cinco anos depois de sua criação, o grupo canadiano, formado por Alex Edkins, Hayden Menzies e Chris Slorach parece seguir os passos de outras referências de sucesso do rock actual (juntando-se assim a nomes como os Cloud Nothings, Japandroids e The Men) mas o seu primeiro disco homónimo mostra-se fruto de um trabalho de anos de ensaios e concertos, que resulta num som pesado mas contagiante, influenciado pelas conquistas anteriores de grupos tão distintos, desde The Jesus Lizard ou Drive Like Jehu até aos Big Black ou Hüsker Dü.
Os METZ insistem em escrever o seu nome em letras maiúsculas, dando a entender que a sua música deve-se ouvir bem alto. Pegando em velhas referências das décadas de 80 e 90 e transformando-as em novas composições tão rápidas quão agressivas, recapturam assim o espírito de rebeldia musical dessa época, mas não ficam parados no tempo. Prova dessa intemporalidade é a força da sua música nos espectáculos ao vivo que deram na última meia década, sejam estes em locais tão peculiares como lojas de skate, sejam a abrir para nomes tão sonantes como Mission from Burma, Death from Above 1979 e Mudhoney, estes últimos uma das bandas mais marcantes da Sub Pop. De facto, o disco de estreia dos METZ é mais um passo da editora em reafirmar-se este ano no género rock, depois de lançaram o igualmente contagiante disco homónimo de King Tuff.
Os METZ são assim o destaque Freeze! desta semana, poucos dias depois de ter sido anunciada a sua estreia nos palcos portugueses (a ocorrer em meados de Fevereiro de 2013). O seu disco, que conta com a produção da banda e de Graham Walsh (dos compatriotas Holy Fuck), poderá ser ouvido no Fahrenheit 107.9, de segunda a sexta, entre as 14h e as 15h, na Rádio Universidade de Coimbra.
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