“The
Seer” é o segundo disco dos Swans, depois do hiato de mais de uma
década que marcou o percurso destes norte-americanos entre o final
dos anos 90 e a década de 2000, e décimo segundo da discografia da
banda. É também a segunda vez que a banda, liderada pelo
carismático Michael Gira, produz um disco duplo e que, segundo as
palavras do próprio “demorou trinta anos a ser concebido”. Gira
alega ainda que “The Seer” consiste no culminar de todos os seus
trabalhos prévios. E de facto, ao longo de faixas como o central
tema-título (a ultrapassar a meia hora de duração), temos
oportunidade de escutar tanto guitarras acústicas como distorcidas,
apimentadas por alguma electrónica, algum drone
e uma bateria diversas vezes propositadamente repetitiva.
Este
é portanto, um trabalho de regressos, logo a começar pela própria
Jarboe, antigo membro na formação, praticamente desde o seu início,
nos primeiros anos da década de 80, até ao seu fim abrupto em 1998.
Mas as colaborações não ficam por aqui. Karen O, os Low, membros
dos Akron/Family, Ben Frost e dos Mercury Rev também aparecem ao
longo de “The Seer”, datado do fim de Agosto passado.
Com
praticamente duas horas, este é facilmente o disco mais extenso do
catálogo dos norte-americanos, tendo sido financiado através da
venda do recente “We
Rose from Your Bed with the Sun in Our Head”, também deste ano, e
igualmente com o selo da editora de Gira, a Young God, e produzido
pelo próprio.
Um
aperitivo gigante para a noite de 1 de Dezembro, quando os Swans
encabeçarem a segunda noite do Primavera Club, a realizar em
Guimarães, e onde como de costume se espera que Michael Gira
exorcize todos (ou parte, pelo menos) dos seus demónios interiores.
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